Na Praça da Figueira,ou no Jardim da Estrela,num fogareiro aceso é que ele arde.Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,o homem das castanhas é eterno.Não tem eira nem beira, nem guarida,e apregoa como um desafio.É um cartucho pardo a sua vida,e, se não mata a fome, mata o frio.Um carro que se empurra,um chapéu esburacado,no peito uma castanha que não arde.Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansadoo homem que apregoa ao fim da tarde.Ao pé dum candeeiro acaba o dia,voz rouca com o travo da pobreza.Apregoa pedaços de alegria,e à noite vai dormir com a tristeza.Quem quer quentes e boas, quentinhas?A estalarem cinzentas, na brasa.Quem quer quentes e boas, quentinhas?Quem compra leva mais calor p'ra casa.A mágoa que transporta a miséria ambulante,passeia na cidade o dia inteiro.É como se empurrasse o Outono diante;é como se empurrasse o nevoeiro.Quem sabe a desventura do seu fado?Quem olha para o homem das castanhas?Nunca ninguém pensou que ali ao ladoardem no fogareiro dores tamanhas.Quem quer quentes e boas, quentinhas?A estalarem cinzentas, na brasa.Quem quer quentes e boas, quentinhas?Quem compra leva mais amor p'ra casa
3 de novembro de 2010
O homem das castanhas
HOMENAGEM AO HOMEM DAS CASTANHAS
Na Praça da Figueira,ou no Jardim da Estrela,num fogareiro aceso é que ele arde.Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,o homem das castanhas é eterno.Não tem eira nem beira, nem guarida,e apregoa como um desafio.É um cartucho pardo a sua vida,e, se não mata a fome, mata o frio.Um carro que se empurra,um chapéu esburacado,no peito uma castanha que não arde.Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansadoo homem que apregoa ao fim da tarde.Ao pé dum candeeiro acaba o dia,voz rouca com o travo da pobreza.Apregoa pedaços de alegria,e à noite vai dormir com a tristeza.Quem quer quentes e boas, quentinhas?A estalarem cinzentas, na brasa.Quem quer quentes e boas, quentinhas?Quem compra leva mais calor p'ra casa.A mágoa que transporta a miséria ambulante,passeia na cidade o dia inteiro.É como se empurrasse o Outono diante;é como se empurrasse o nevoeiro.Quem sabe a desventura do seu fado?Quem olha para o homem das castanhas?Nunca ninguém pensou que ali ao ladoardem no fogareiro dores tamanhas.Quem quer quentes e boas, quentinhas?A estalarem cinzentas, na brasa.Quem quer quentes e boas, quentinhas?Quem compra leva mais amor p'ra casa
Na Praça da Figueira,ou no Jardim da Estrela,num fogareiro aceso é que ele arde.Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,o homem das castanhas é eterno.Não tem eira nem beira, nem guarida,e apregoa como um desafio.É um cartucho pardo a sua vida,e, se não mata a fome, mata o frio.Um carro que se empurra,um chapéu esburacado,no peito uma castanha que não arde.Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansadoo homem que apregoa ao fim da tarde.Ao pé dum candeeiro acaba o dia,voz rouca com o travo da pobreza.Apregoa pedaços de alegria,e à noite vai dormir com a tristeza.Quem quer quentes e boas, quentinhas?A estalarem cinzentas, na brasa.Quem quer quentes e boas, quentinhas?Quem compra leva mais calor p'ra casa.A mágoa que transporta a miséria ambulante,passeia na cidade o dia inteiro.É como se empurrasse o Outono diante;é como se empurrasse o nevoeiro.Quem sabe a desventura do seu fado?Quem olha para o homem das castanhas?Nunca ninguém pensou que ali ao ladoardem no fogareiro dores tamanhas.Quem quer quentes e boas, quentinhas?A estalarem cinzentas, na brasa.Quem quer quentes e boas, quentinhas?Quem compra leva mais amor p'ra casa
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É impressão minha, ou este texto é a letra de um fado do Carlos do Carmo? É bonito e conheço mas não tenho a certeza que seja daí. É, não é?
ResponderEliminarA "outra" anda muito plagiadora... e ainda por cima não diz nada...Qualquer dia ainda a multam ou lhe fecham o Blog...Ih!Ih!Ih!
ResponderEliminarOlha, Bé, esperando que a "outra" seja a Milú, como sabes que começo a ver as publicações por baixo, acabei de lhe dizer mais ou menos a mesma coisa na publicação anterior. E ainda não tinha visto aqui a letra da canção... Já estava a "ralhar" com ela dos "roubos" que faz da Net. Qualquer dia vamos à "prisa" visitá-la e levar-lhe um Limoncello.
ResponderEliminarAmigas, aprendi a plagiar convosco. Pena tive de não conseguir saber como fazer para colocar o video com a musica, mas lá chegarei. É sim senhora, uma canção cantada pelo Carlos do Carmo e letra de Ary dos Santos.Mas se forem ao blog da Bé a foto a preto e branco foi tirada do mesmo sítio de onde eu tirei tudo isto. Também se não plagiarmos, a splução é ir ter com o homem das castanhas e pedir-lhe para deixar que lhe tire uma fotografia. Vou tentar.
ResponderEliminarLurdinhas, o S. Martinho já passou, já estou cansada de ver o assador de castanhas quando abro o teu blog. Vamos lá publicar qualquer coisinha que essa preguicite tem de ser posta de lado. E rápido! Vá lá, amiga, mexe-te, inventa, inova!
ResponderEliminarOla Milu
ResponderEliminarEntão quando começas a publicar fotos de coisas que tens para aí escondidas e já nem te lembras que existem...vá faz um esforço e procura.
Vais ver que te ajuda a esquecer os tais Grandes problemas Amiga.
Beijocas muito Grandes.