13 de dezembro de 2012

SE







SE



Se eu pudesse, simplesmente, abrir uma porta...

...e sair... se fosse simples assim...

Se eu pudesse, simplesmente, dizer adeus...

...e partir...uma mensagem final enviar...

Se fosse simples assim...seria este o momento...

...adeus...adeus...queixo erguido,sorriso nos lábios...

...adeus...adeus...missão cumprida...

Se tão facilmente pudesse me desligar...

...dos que amei...dos que me fiz amar...

Se eu não tivesse um filho, um gato, um cão...

...que eu não ensinei a viver sem mim...

Se eu tivesse sido menos paciente e amorosa...

...tivesse desligado os fios do amor, da piedade...

Se tivesse sido mais "realista"... "pés no chão"...

...e pensasse apenas em mim, hoje eu seria livre...

...e podia achar essa porta...e abri-la...

...e partir feliz...consciência leve...nenhuma obrigação...

...e pudesse procurar a felicidade...essa tal felicidade...

...que busquei em torno de mim... sem perceber...

...que ela só pode existir... dentro de mim...

...aqui... por de trás desta porta...



Maristel Dias dos Santos



5 comentários:

  1. Exactamente, Milú: "...que busquei em torno de mim... sem perceber... que ela só pode existir... dentro de mim... aqui... por de trás desta porta...". Pensa bem nestas últimas palavras, sábias!!!...
    Para meu gosto acho que o Natal está a tornar-te "demasiado poética"... se é que isso existe! É que são poemas quase todos com um não sei quê de negativismo. E isso vai-te tornando obcecada em nostalgia... Num gosto muito disso!!! É Natal, jingle bells... isso é que é!!! Beijinhos.

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  2. Ora então e se te dedicasses a lêr umas coisinhas menos tristes???
    Isso soa-me muito a Quaresma, e nós estamos no Natal!
    Lurdinhas, empolga-te, disfarça e sorri!

    Num dos filmes "Madagascar" há um pinguim que tem uma frase excelente:
    " É sorrir e acenar" !!!...
    A minha enteada já a adoptou e eu segui-lhe o exemplo.

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  3. e...SE setisses a alegria de viver em movimento, visão, paladar, tacto, olfacto, odor e todos os outros sentidos, que segundo os sábios, as mulheres têem?...Esses poemas só são lindos para quem os "poetizou", também podem ser, mais ou menos para quem lê, mas não para transcrever assim com tanta evidência e a dar-lhe tantos espaços,...uhummmm cheira-me a papel rasgado...!
    Lindo, lindo para transcrever é o Hino da Alegria!
    Bjs

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  4. Eu devo estar a ver mal...ou então há algo que se me escapa. Acho o poema muito bonito, sobretudo a parte final, que, aliás, a Stella referiu.
    A nostalgia faz parte do ser humano...e a minha amiga Milú é muito "ohmana"...eheheh

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  5. ...pois, isso é tudo muito lindo no poema, nostalgia é "ohmana",mas se vivermos só dentro de nós,se buscarmos só dentro de nós, não se é livre, ficamos presos atrás da nossa porta e isso não é ter "pés no chão".
    "Pés no chão" é ter uma casa sem portas nem janelas, onde nós, filhos, cães, gatos, lagartos e toda a natureza possamos entrar e sair sem bater a porta.
    Isso, para mim é perto da liberdade. Faz-me lembrar momentos, que só não vos conto, porque esse é "O SEGREDO"!...momentos de quase liberdade!!!
    UHFFFF...!!!!!

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